quarta-feira, 20 de novembro de 2013

perder ou ganhar não é só desporto



Posso entender aqueles que não gostam de futebol. Posso entender aqueles que não percebem a essência do desporto rei. O que não posso é aceitar a crítica fácil e o desprezo com que muitos olham aquele que é o desporto mais democrático do mundo. Gostar de futebol é muito mais que vibrar com 22 jogadores em campo. É muito mais que berrar golo, ou insultar o árbitro. É algo que apenas quem ontem não desviou os olhos durante os 95 minutos do jogo compreendem. Os mesmos que daqui a muitos anos vão ainda ter memória deste jogo magnífico, do aperto de alma que o segundo golo da Suécia provocou e da explosão de alegria com os pontapés certeiros do Ronaldo. 
Hoje o assunto do dia é a Selecção, o Ronaldo e o Mundial 2014. Hoje não se fala em crise, em Troika , em regresso aos mercados ou em orçamento de Estado. Hoje o povo está alegre, o que parece que incomoda alguns pseudo intelectuais que prefeririam ver o povo preocupado com a dívida externa ou a sobretaxa do IRS. 
O futebol é também isso, um escape à triste realidade económica e social do nosso país. Um oásis que nos alberga por 90 minutos, nos dá cor e nos faz esquecer que a coisa está preta. Mas o futebol é muito mais. É uma indústria que gera muitos milhões de euros, é um sector responsável por uma percentagem bem choruda das nossas exportações, é uma montra do nosso país. A bandeira de Portugal chega, graças ao futebol, onde as naus dos descobrimentos não chegaram. No Mundial 2014 estarão 3 seleccionadores portugueses, e este é um feito inigualável! A vitória de ontem da selecção nacional valeu, só para a Nike, 350 milhões de euros! A presença de Portugal no Mundial terá um grande retorno financeiro para a economia nacional. O Futebol não faz bem só à boa disposição dos portugueses faz também muito bem às finanças públicas. Nós somos muito grandes nesta indústria e não há que ter vergonha nisso, pelo contrário devemos orgulhar-nos, e muito! (E não me venham com reminiscências salazaristas que o velhote já sabia no que é que os portugueses são bons!)



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