segunda-feira, 18 de novembro de 2013

a ti, estendo a minha mão...




Conheço o lugar onde estás. É escuro, quieto, silencioso. O sol não brilha, a música não toca. A única vontade é a de fechar os olhos. Fechá-los com muita força. Encolheres-te a um canto e ficares ali, quieta, calada. Talvez a dor assim não chegue, talvez não te encontre na escuridão em que estás. 

Queres um conselho? Não deixes que a dor passe por ti. Recebe-a. Deixa-a preencher o vazio que te ocupa. Dá-lhe dois dias de atenção. Deixa-te afundar no lodo. Deixa as lágrimas rolar, deixa a tristeza assentar. Lava a alma, baralha tudo que te vai no pensamento. Depois levanta-te. Ergue a cabeça. A alma limpa, ideias arrumadas. Sacode a dor, como um cão sacode as pulgas. Chega de te dares a essa parasita. Respira fundo. E aí, olha-te ao espelho. Gosta-te como nunca ninguém há-de gostar. E recomeça. Segue o teu caminho, a tua busca pela felicidade. Não olhes para trás, não é lá que a vais encontrar. Não pares à espera de ninguém, segue o teu ritmo. Não corras, tens tempo, desfruta do que te rodeia. Não caminhes de olhos no chão com medo de tropeçar, o azul do céu é tão mais bonito que o cinzento da calçada. Não desistas, o paraíso é já ali. Afinal, o coração não parte, o coração pára e, apenas quando morremos. Não te deixes morrer. 

(adoro-te de alma e sangue. sabes que estarei sempre ao teu lado, em todos os finais, em todos os recomeços...)


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