Façam o favor de não se preocuparem com a minha vida... a gerência agradece

Juro que não percebo porque é que a minha solteirice incomoda tanta gente. Cada vez que a família se reúne, la vêm as tias a perguntar por novidades, quando encontro amigas que não vejo há muito lá vem a pergunta da praxe, as colegas de todos os dias não resistem a mandar a sua "boca". Se há momentos que até encaro a coisa na desportiva, outros há que só me apetece é mostrar-lhes o dedo (o médio). Longe de mim querer criar aqui um manifesto de elogio à solteirice, de cair no discurso gasto do "sou uma mulher independente e realizada", até porque não sou o "arranjadinho" e não tenho qualquer pretensão ou aptidão sociológica para afirmar que os solteiros são mais felizes que os casados. E a verdade é que também não me interessa minimamente, cada um seja feliz da forma e maneira que melhor lhe convier, seja solteiro, viúvo, casado com uma, duas ou meia dúzia de pessoas e/ou animais. É-me perfeitamente igual, eu serei feliz da forma que me apetecer e, embora não tenha feito nenhum juramento de fidelidade à seita das solteiras inveteradas, a verdade é que também não vou ceder às pressões sociais só porque decidiram chatear-me. Ok? É impossível descrever a comichão que a frase: "quem muito escolhe pouco acerta" me dá, e a vontade que tenho em acertar na cara de quem ma pronuncia. A estas pessoas só tenho uma resposta (além do dedo médio): muita qualidade requer vários requisitos.  Até porque como costumo dizer (e esta minha filosofia já fez escola): Antes encalhada numa marina de luxo, que à deriva num bote...

Agora façam o favor de se preocuparem com a vossa vidinha e deixem lá minha que a sua gestora é uma pessoa muito capaz....

Grata.